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AGU solicitará posicionamento do BC sobre cotação incorreta do dólar exibida no Google

Foto do escritor: Marcos FernandesMarcos Fernandes

Imagem: Colin Watts/Unsplash
Imagem: Colin Watts/Unsplash

A AGU (Advocacia-Geral da União) anunciou que consultará o Banco Central do Brasil para investigar uma possível divulgação incorreta da cotação do dólar exibida no buscador Google nesta quarta-feira (25).


A plataforma chegou a indicar que a moeda americana estava cotada a R$ 6,38, enquanto o fechamento oficial da segunda-feira (23) foi de R$ 6,15. Em nota, o Google informou que retirou "por ora" o valor do dólar das buscas.


O que aconteceu


Nesta quarta-feira (25), o Google exibia o dólar a R$ 6,38. A cotação, exibida na página de pesquisas, estava acima do valor observado no mercado à vista, que encerrou a segunda-feira (23) em R$ 6,15, último dia de negociações locais antes do feriado de Natal. Os mercados estão fechados nesta quarta-feira. Tanto o mercado à vista quanto o futuro do dólar não operam devido às festividades natalinas, o que impossibilita a confirmação de negociações em curso.


Na véspera de Natal, o mercado apresentou pouca movimentação. Com os segmentos de derivativos fechados na terça-feira (24), as operações no mercado de câmbio à vista foram escassas, resultando em baixa atividade antes do feriado prolongado.


Dados vêm de provedores terceirizados


Em resposta, o Google explicou que as cotações exibidas na busca são provenientes de provedores globais de dados financeiros. A empresa afirmou que está colaborando com seus parceiros para investigar e resolver quaisquer preocupações relacionadas à exibição das informações financeiras. Além disso, indicou que os usuários podem consultar mais detalhes sobre as fontes de dados utilizadas através de links disponibilizados na plataforma.


Após passar a maior parte do dia com a cotação errada, o valor do dólar foi retirado do site de busca.


Google informou que suas fontes de dados estão disponíveis na Morningstar


A Morningstar, reconhecida como líder no fornecimento de pesquisa independente de investimentos, é uma das fontes utilizadas pelo Google. A empresa detalha em seu site que sua missão é oferecer os melhores produtos para ajudar investidores a alcançarem seus objetivos financeiros. Com sede em Chicago, a Morningstar está presente em 27 países, conforme comunicado.




Banco Central em alerta


O Banco Central informou que entregará os dados solicitados pela AGU a partir de amanhã. Gabriel Galípolo, presidente interino do BC, mobilizou a equipe, incluindo funcionários de plantão neste Natal, para garantir a entrega das informações. Galípolo, atual diretor de Política Monetária, assumirá oficialmente o cargo de presidente do Banco Central em 1º de janeiro, sucedendo Roberto Campos Neto, que está em recesso até o fim do ano.


Erro semelhante no início de novembro


No início de novembro, o Google também exibiu uma cotação incorreta do dólar. Na ocasião, a plataforma mostrou o dólar a R$ 6,18, quando a cotação real era de R$ 5,7405, inferior ao fechamento anterior, que foi de R$ 5,7484. O Google reconheceu o problema e afirmou que tomaria medidas para corrigi-lo.


Atuação recente da AGU sobre o dólar


Recentemente, a AGU solicitou investigações relacionadas a fake news envolvendo Gabriel Galípolo, indicado de Lula à presidência do BC. O órgão enviou ofícios à Polícia Federal e à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) pedindo a instauração de procedimentos policial e administrativo, respectivamente.


As fake news atribuíram declarações falsas ao diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central. A AGU ressaltou a importância de apurar a origem e os impactos dessas notícias falsas, que podem comprometer a credibilidade de figuras públicas e afetar o mercado financeiro. Galípolo assumirá oficialmente a presidência do BC no próximo ano.



*Com infomações da Agência Estado

 
 
 

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